terça-feira, 21 de julho de 2009

isso ainda não tem nome (continuação)

- Beleza Thomas, você está fazendo eu ficar irritada - disse Dil - você sempre faz isso quando as coisas ficam assim... eu já estou cansada disso.
-Calma Dil, não era para você levar tão a sério, só fiz uma brincadeira...
-Acho melhor irmos para casa, a Katharina está vindo para cá e eu não estou muito afim de dividir o mesmo espaço com ela... - eu disse tentando mudar o ar de funeral que tomou conta da nossa mesa, o que não funcionou.
-Quer saber mais Thomas, estou cansada dessas suas brincadeiras más, desse seu jeito estúpido e grosseiro, desse seu sarcasmo sem graça… para ser bem sincera, eu estou cansada de você, por mim você não fará falta se quiser ir para o grupo “descolado” da Katharina.
-Dil, calma ele só brincou.
-Ah Thabata, ele sempre faz isso, e faz para a gente ficar triste, sempre quer nos atacar e nos desanimar, dá para ver que ele preferia ser amigo delas e não nosso, que queria estar lá sentado na mesa delas, não preciso de amigos assim .
Katharina já estava sentada numa mesa próxima a nossa com várias pessoas da nossa escola, deveria ter umas quinze pessoas com ela. Thomas não disse nada enquanto Dil continuava a desabafar e atacando-o sem piedade.
-Você sempre diz que a gente é sem graça, que deveríamos fazer coisas inusitadas, sermos menos tímidas e mais um monte de coisas, quer saber Thomas, amigo que é amigo de verdade gosta de gente do jeito que somos e não tenta nos mudar, você sempre se mostrou insatisfeito ao nosso lado… Se não gosta da gente fique a vontade… você não tem obrigação de andar conosco só porque inicialmente, quando você não c onhecia ninguém nesse fim de mundo que a gente mora nós viramos suas primeiras amigas. Por favor não se sinta preso a gente tá. – Dil não parava de falar, até eu começava a ficar constrangida.
Thomas se mudou para nossa cidade há uns 12 anos, a gente se conheceu no jardim de infância, ele era tão esquisito, era rechonchudo e tinha um cabelo tão liso, deveria ter uns 4 dentes na boca; ele andava com os pés voltados um para o outro e sempre usava calças que deixavam seus tornezelos a mostra. Olhava sempre para baixo e comia areia quando brincávamos no play ground da escola… não me lembro como nos tornamos amigos, mas desde então não nos desgrudamos mais, éramos sempre eu , ele e Dil.
-Olha Dil, desculpe se minhas brincadeiras te ofendiam. Eu não sabia, porque você nunca falou que te incomodava, nunca pediu para eu parar. Eu, infelizmente, não sei ler mentes! E não sei quando você não está gostando do que eu estou dizendo, em momento algum eu quis deixar de ser amigos de vocês, mas já que a minha presença incomoda tanto, estou saindo… não te incomodarei mais com as minhas piadas e minha desagradável presença.
Thomas nem deu tchau e saiu, bateu a porta com tanta força que todos que estavam na lanchonete olhou para ele. Eu não sabia o que fazer, eu gostava dos dois! Se eu ficasse com Dil deixaria Thomas de lado e ele poderia pensar que eu estava do lado dela… mas se eu fosse atrás de Thomas Dil pensaria que eu concordava com ele e que estaria do lado dele. Mas que saco, minha vida já era uma merda e tinha que decidir quem eu ajudaria primeiro entre meus melhores amigos. Para melhorar a situação Dil começou a chorar descontroladamente e Thomas me manda uma mensagem no celular perguntando o que achava dele, se Dil tinha razão sobre ele… Eu queria sumir, gritar ou sei lá o que, eu não sabia o que fazer e o pior Thifer acabava de entrar na lanchonete…
já sabem né... logo mais tem mais
super beijo pessoas

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