quinta-feira, 9 de julho de 2009

o mito do garoto de Stanfordil


Certa vez em um pequeno vilarejo de Stanfordil - uma cidadezinha de Norestalvi - nasceu um garoto muito estranho, seu nome era Joseph. Joseph era filho de uma linda mulher da qual todos os homens admiravam não só por sua beleza estonteante como também por sua sabedoria e benevolência, sua mãe chamava Brigith. Embora tivesse uma bela mãe - digo em relação ao aspecto físico - Joseph não era o tipo de menino em que sentia-a bem ao olhar: seus cabelos era um ruivo desbotado com fios grossos e sem definição, ora estavam encaracolados e ora lisos..., seus olhos eram grandes e profundos, parecia que nunca dormira mais de duas horas por noite, suas olheiras eram profundas e inchadas, seu nariz era tão fino que mal podia-se ver as duas cavidades, seus dentes eram tortos e sua boca grossa e rosada.. o formato de seu rosto lembrava um triângulo equilátero bem cumprido e simétrico; seu corpo era pequeno, sua pele esverdeada e dura, não haviam pelos em seu corpo, nem unhas em suas mãos...

Desde que nascera Joseph sempre era excluído e ignorado pelos demais, não teve um amigo íntimo, nunca tivera um contato com alguma mulher... nem mesmo conhecera seu pai ou outros parentes... era somente ele, ele e sua mãe - que enquanto todos o tratava com desprezo ela cada vez mais dedicava-se à ele como se sua vida dependesse somente disto.

Um dia Joseph vi sua mãe chorando no quarto, pensou em ir até ela e dar consolo mas achou melhor deixar a mãe ter um momento dela - ela sempre estava tão preocupada com ele que talvez não expressasse suas emoções e esquecia-se de cuidar de si - ficou ali escondido olhando tudo o que acontecia, embora tenha passado muito tempo desde que Joseph nascera Brigith continuava formosa... Joseph ficou ali observando sua mãe e pronto para auxiliá-la quando sentisse que seria necessário, quando ela precisaria... reparou que sua mãe chorava de tristeza, percebeu que lamentava de várias coisas das quais não entendia... não teve reação ao perceber que sua mãe chorava pela vida que não vivia, pela vida que deixara de viver.

Joseph sentiu-se mal pois sabia que o maior responsável pelo sofrimento de sua mãe era ele... sabia que sua mãe vivia assim por sua causa... talvez se ele não tivesse nascido ela não sofreria tanto. Como Brigith era a única pessoa que se importava com ele, Joseph ficou triste ao ver sua mãe aos prantos por sua causa: "REALMENTE SE SEU NÃO ESTIVESSE AQUI ELA NÃO ESTARIA ASSIM... TALVEZ SE EU NÃO EXISTISSE ELA SERIA FELIZ E TERIA A VIDA QUE AGORA LAMENTA POR NÃO TER" - pensou Joseph...

Sem fazer barulho Joseph saiu detrás da porta e foi até o seu quarto, pegou uma pequena mochila azul que tinha e colocou algumas roupas, pegou um pequeno livro que n a capa estava escrito: a vida de um garoto estranho do qual Joseph escrevia tudo o que sentia desde que aprendera a escrever; foi até a cozinha e pegou alguns pães, bolachas e frutas, foi até a sala e sentou em uma escrivaninha e escreveu em um papel:


"nem todos podem mudar o seu destino... pois o meu não tem como ser mudado, serei sempre assim desprezado e ignorado... porém posso tentar fazer um novo começo, pelo menos para você mamãe..."


Deixou o bilhete em cima da escrivaninha e saiu...


um dia que eu tiver mais criatividade continuo o mito de Stanfordil, agora estou impaciente porque não tenho nada para fazer de legal em um feriado prolongado...

beijo e até mais

vou comer gelatina!

=*